Paços do Concelho do Funchal 4.22

Se por um lado a primitiva administração da Ilha funcionou por capitanias hereditárias que geriam feudalmente as terras, por outro as necessidades da população do Funchal desde logo passaram a ser geridas pelos seus habitantes através de um município com órgãos decisórios compostos pelos seus H omens Bons, individualidades de reconhecido mérito.

Por volta de 1453, D. Afonso V deu ao povoado a condição de vila. D. Manuel, Duque de Beja e de Viseu, e futuro Rei de Portugal, ordenou a construção de vários edifícios públicos no Funchal, entre eles um Paço dos Tabeliães e da Câmara no seu Campo ou C hão a oriente da Ribeira de Santa Luzia. O edifício, que ficava nas traseiras da Sé do Funchal, ficou terminado por volta de 1491 e, em 1508 o Funchal recebeu as insíginias de cidade.

Mais tarde a Câmara tomou como residência um edifício oitocentista mandado erguer pela ilustre D. Guiomar Madalena de Sá Vilhena, a rainha do Vinho da Madeira, cuja fachada dava para a praça em frente à Sé.

O desenvolvimento da cidade levou à procura de um espaço maior e a Câmara voltou a mudar de lugar para o Palácio Carvalhal Esmeraldo, junto ao antigo colégio da Companhia de Jesus, arrendando-o primeiro e adquirindo-o em 1883, permanecendo nele até à actualidade.

Os Paços do Concelho sofreram ainda profundas reformas no início da década de 1940, seguindo o projecto dos Arquitectos Carlos Ramos e Raul Lino, com intervenções interiores, na fachada e até no espaço que rodeia o edifício.