Pedra Azul Vale do Jequitinhonha MG 4.11

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Pedra Azul é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, localizado no nordeste do estado, na região do vale do rio Jequitinhonha. Sua população em 2013 está estimada em 24.612 habitantes. De acordo com o censo 2010, a população residente urbana era de 21.006 habitantes. Com uma cultura bem diversificada e interiorana que atrai muitos turistas.
O português Manuel José Botelho foi o fundador da fazenda Pau d'Óleo em 1833, originando o primeiro povoamento no município, embora em 1730, o coronel português Quaresma Delgado, atravessando o Norte de Minas, tenha dado conta da existência de uma venda na área do atual município de Pedra Azul. A seguir, o povoado que surgiu nas redondezas recebeu o nome de Nossa Senhora da Conceição da Boca da Caatinga, sendo este o primeiro nome de Pedra Azul[6] . O início do povoamento se deu ao fato de no ano de 1833 ter ocorrido uma grande queimada que durou cerca de 60 dias, dando aquele ano o nome de "Ano da Fumaça". A queimada abriu grandes clareiras na mata, o que possibilitou aos fazendeiros iniciarem a instalação de fazendas naquela região. O primeiro nome do povoado também se deve a esta queimada pois faz alusão ao surgimento da caatinga nos lugares queimados, onde antes existira a mata atlântica.

Devido a influência de seus moradores, em 1880 o povoado foi elevado a distrito de Caatingas e em 1891 foi criado o conselho distrital de Caatingas que por sua vez, em 1892, mudou o nome para distrito de Fortaleza devido aos paredões que cercam a cidade.

Naquela época, a pecuária se destacava na economia sendo comum o comerciante Teopompo de Almeida conduzir cerca de 20000 cabeças de vaca, fazendo com que ficasse conhecido como "Rei da Boiada" em cidades como Uberaba, Vitória da Conquista, Itabuna, Feira de Santana e outras.

Posteriormente, já com a implantação do sistema republicano no país, o alferes Cassiano dos Reis, primeiro presidente do Conselho de Caatinga, diligencia para que esse nome seja mudado para Fortaleza.

Em 1 de junho de 1912, houve a elevação do distrito de Fortaleza a município, e em 1943 o nome da cidade foi mudado para Pedra Azul. O novo nome foi sugerido pelo pedrazulense e imortal da Academia Mineira de Letras Nelson de Faria[7] [8] .

A descoberta das águas marinhas[editar | editar código-fonte]
Em 1927, uma descoberta alterou os rumos da cidade, pois nesse ano foi descoberto um bamburro de águas marinhas na fazenda Laranjeira de propriedade do empresário e político João de Almeida (político de Minas Gerais), pelo funcionário Lourenço da Santa Rosa, contratado para abrir trincheiras.

O bamburro de águas marinhas tornou João de Almeida um dos homens mais ricos do Brasil, pois em seu auge, chegou a ter mais de 300 homens trabalhando diuturnamente e extrair durante os primeiros cinco anos mil quilos da pedra preciosa, o que nos valores atuais equivaleria a R$ 80.000.000,00 (oitenta milhões de reais).

João de Almeida, então, construiu o Ginásio Pedra Azul – GPA, instituição de ensino para onde se dirigiam os estudantes do Norte e Leste de Minas Gerais e Sul da Bahia para concluírem o ensino médio, sendo considerada durante duas décadas a melhor instituição de ensino da região.

Em 1942, impulsionou as obras de construção da Igreja Matriz da cidade, iniciadas em 1933 e concluídas na década de 60, sendo a obra uma novidade na época devido a sua magnitude. Impulsionou a construção do Hospital Ester Faria de Almeida – HEFA, inaugurado em 1937. Construiu também, quarteirões de pontos comerciais e se elegeu deputado por três vezes.

Pedra Dom Pedro[editar | editar código-fonte]
A Pedra Dom Pedro é a maior pedra de água-marinha encontrada no mundo[9] , foi encontrada em Pedra Azul na década de 1980, pesando 45 quilos e foi para a Alemanha em 1992, sendo esculpida em forma de obelisco pelo artista Bernd Münsteiner. O obelisco possui 35 cm de altura e pesa cerca de 2 quilos. Encontra-se em exibição permanente no museu de história natural Smithsonian, em Washington e estima-se que atrairá tantos visitantes quanto a joia mais famosa do seu acervo, o diamante Hope, encontrado na Índia.