Museu do Homem do Nordeste 5.2

O Museu do Homem do Nordeste, de caráter histórico-antropológico, foi criado pelo sociólogo Gilberto Freyre, em 1979. Ligado à Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco, órgão vinculado ao Ministério da Educação.

Criado em 1979, O Museu do Homem do Nordeste da Fundação Joaquim Nabuco é oriundo da fusão de três outros museus: o Museu de Antropologia, do então Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, inaugurado em 1958; o Museu de Arte Popular, criado em 1955, pertencente ao Governo do Estado de Pernambuco; e o Museu do Açúcar, originalmente vinculado ao extinto Instituto de Açúcar e do Álcool, cujo acervo foi incorporado à Fundação em 1977.

Concebido como um museu antropológico, inspirado no culturalismo boasiano, o Muhne tem um acervo cujas peças guardam registros da memória arquitetônica e da construção civil nos meios rural e urbano, recolhidas pelo sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre; reúne também a coleção de ex-votos, uma das primeiras do Brasil formada não apenas por cabeças e membros do corpo humano, mas também por réplicas de casas, moendas. A essas duas, oriundas do extinto Museu de Antropologia, somam-se as coleções de luminárias populares e de cachaça. Do antigo Museu de Arte Popular, vieram preciosidades da arte regional, como obras raras de Vitalino, Porfírio Faustino, Severino de Tracunhaém, Zé Caboclo e Zé Rodrigues
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Em 1977, com a incorporação do acervo do Museu do Açúcar, os lastros de representação histórica, social e cultural da Região foram ampliados, ajuntando registros da economia açucareira: tecnologia, instrumentos de trabalho no eito da cana, instrumentos de suplício, vida na senzala e no interior das casas grandes nos engenhos e sobrados urbanos. Hoje, o Museu reúne um acervo de aproximadamente 15.000 peças de caráter histórico, etnográfico e antropológico, que conduz à compreensão da formação histórico social da região Nordeste, bem como dos modos de vida e aspectos ligados à cultura dos grupos étnico-sociais que compuseram e compõem a atual região Nordeste do País. Dessa forma, o Museu do Homem do Nordeste constitui-se, hoje, num vasto campo de pesquisa histórico social, étnico cultural e étnico histórico.