Maria Peregrina 4.23

Rua Francisco Rodrigues Freitas, 184
São José do Rio Prêto, SP 15041-049
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A comunidade Missões Maria Peregrina, com razão social Associação Missionária Maria Peregrina, foi fundada no dia 10 de dezembro de 1998. A Associação Missionária Maria Peregrina é uma entidade religiosa e associação particular de fiéis, regida pelos cânones 298, 299, 321 e seguintes do Código de Direito Canônico, cadastrada como pessoa jurídica de direito privado, filantrópica e sem fins lucrativos, com sede na época da fundação, na cidade de Guaíra-SP. Hoje sua sede principal está na rua Francisco Rodrigues de Freitas, Bairro Belo Horizonte, CEP: 15041-049, na cidade de São José do Rio Preto-SP.

A Associação Missionária Maria Peregrina nasceu após as Missões Populares, que foi realizada pelo grupo de oração da Renovação Carismática Católica da paróquia São Sebastião, em Guaíra-SP, nos meses de julho e agosto de 1998. Esse grupo de oração, composto por alguns jovens, era liderado pelo jovem Max Lopes Wada e sua irmã Mildren Lopes Wada Duque, os quais tornaram, respectivamente, fundador e co-fundadora da comunidade Missões Maria Peregrina. As missões populares de 1998 foi inspirada pelo fundador Max Wada, com o objetivo de ser bem diferente do modelo tradicional de missão. Foi uma missão que atraiu, na sua maioria, jovens afastados de Deus, porque durou seis semanas com shows de várias bandas católicas, testemunhos, pregações e conversões. A cada final de semana uma região da cidade recebia o "pacote" de evangelização, como era chamado. Além disso, nos dias da semana, que precediam ao final de semana daquela região, ocorria a visita dos missionários jovens de casa em casa. A missão teve um sucesso tamanho que o bispo diocesano da época, Dom Pedro Fré, pediu para o líder Max Wada que a missão continuasse; não deveria parar, mesmo que houvesse um encerramento daquela missão naquele ano. Foi então, que houve um acordou entre o bispo Dom Pedro Fré e Max Wada para fundar uma associação missionária com o título de Maria Peregrina. Logo depois de ocorrer a fundação, Dom Pedro Fré realizou várias formações pessoais para os primeiros membros da associação; com o carinho e a disponibilidade em viajar constantemente de Barretos-SP (sede diocesana) a Guaíra-SP (sede das Missões Maria Peregrina) semanalmente.

Depois disso, tudo mudou no então grupo de oração da RCC. Primeiro, a maciça e constante chegada de novos jovens e casais fortaleceram e fizeram crescer o grupo. Depois, houve a mudança do nome da banda católica "Maranathá 2000", que era fator principal de evangelização do grupo, para banda "Maria Peregrina". Logo depois, foi emprestado um grande prédio no centro da cidade de Guaíra-SP para sede das Missões Maria Peregrina, que foi palco de muita evangelização, oração e conversão.

Com a sede estabelecida nos inícios de 1999, veio a inspiração de montar uma escola de música católica agregada ao terreno da sede. A proposta desta escola de música não era ensinar somente a arte musical, mas re-catequizar os alunos integrando-os ao mundo da evangelização. Foi um grande sucesso, até que veio uma segunda inspiração que foi a fundação do Circo Maria Peregrina, que se tratava de um show que comungava várias artes, a fim de evangelizar todos os membros da família.

A evangelização era tão intensa e próspera que as Missões Maria Peregrina com seu fundador e a co-fundadora foram além das fronteiras da diocese de Barretos-SP, pregando encontros, formações e realizando shows em várias cidades e dioceses. Com isso, veio a palavra do então pároco da paróquia das Missões Maria Peregrina, Pe. Juraci, para que o fundador e a co-fundadora pensassem seriamente em uma comunidade de vida. Nesse mesmo tempo, no ano de 2001, o fundador deixou sua profissão de advogado para cursar, no Seminário Maior de São José do Rio Preto-SP, a faculdade de teologia. Contudo, em fevereiro de 2002, o fundador Max Lopes Wada, junto com a co-fundadora Mildren Lopes Wada Duque e a Kelmes Lopes de Souza, deixaram suas casas e profissões – a Mildren tinha se formado em Letras, era professora efetivada em uma escola particular – para serem os primeiros integrantes da comunidade de vida das Missões Maria Peregrina. Com esse grande passo na evangelização, Deus proveu a autorização de uma capela com sacrário, pelas mãos de Dom Antonio Gaspar, substituto do inesquecível Dom Pedro Fré, para a comunidade Missões Maria Peregrina. A capela com o sacrário não só provocou o amadurecimento da comunidade de vida e o aumento da evangelização, como lapidou e revelou o fator principal, a razão de tudo, o porquê de toda história das Missões: o carisma Maria Peregrina. Isto é, a construção da cidade de Deus na cidade dos homens pela educação, que logo gerou a Escola Maria Peregrina. Perceberam que, sobretudo nos jovens mais carentes, havia um potencial artístico, profissional e científico ainda não explorado. Muitos jovens, antes marginalizados, após o processo de formação, descobriram os reais valores da família, do estudo e trabalho. Cresceu, então, a vontade de oferecer aos pobres aquilo que o rico tinha em abundância: uma escola com o melhor método pedagógico, humanizante e com valores cristãos. Mas, antes da fundação da Escola, aconteceu uma intervenção divina que firmou o projeto educacional. Essa intervenção de Deus aconteceu quando, na sede das Missões Maria Peregrina, todos os missionários estavam preocupados com a situação financeira. De repente um carro muito imponente apareceu na frente da comunidade. A mulher que guiava o veículo perguntava se ali era a comunidade Maria Peregrina. Ela estava procurando a instituição para fazer uma doação. Logo, todos os missionários ficaram eufóricos e exultantes de alegria, afinal a providência teria chegado. Mas, veio a decepção. A mulher ao descer do belo veículo trouxe na sua mão um pequeno estojo de giz e apagador dizendo que aquilo seria sua doação. Mas, por pura inspiração divina a prof. Mildren profetizou que, apesar da decepção pelo baixo valor, Deus estaria revelando naquele estojo a fundação de uma escola muito diferente. Para tanto, em 2002, foi implantado o projeto "Um Brasil de Fogo", o qual, em união ao projeto educacional, viria a ser o suporte financeiro e a alavanca do sistema implantado pela Escola Maria Peregrina.

No ano de 2003, iniciou-se um trabalho de reeducação de crianças da rede pública do ensino fundamental, projeto denominado "Oratório São Domingos Sávio", pelo qual recebiam apoio nas tarefas escolares, alimentação, aulas extracurriculares como artes plásticas, música, dança, teatro, inglês, catequese e acompanhamento psicológico. Esses oratórios eram ambientes de re-educação pedagógica, mas que utilizava a arte como meio de formação integral, inclusive na formação espiritual.

Pelo resultado satisfatório dessa experiência, nasceu, em 2004, na cidade de Guaíra, a Escola Maria Peregrina, de ensino infantil, contando com trinta e seis crianças de quatro a seis anos de idade provindas das comunidades mais carentes. Ali, recebiam, gratuitamente e em período integral, aulas curriculares com duas professoras por cada sala de doze alunos; alimentação programada por nutricionista; atividades lúdicas, de música, teatro, esportes, artesanato, língua estrangeira, meio ambiente, saúde e nutrição. A prof. Mildren e fundadora da Escola participou de vários congressos internacionais de educação, realizando muita pesquisa e estudos para começar a elaborar com minuciosidade a filosofia da Escola Maria Peregrina.

A Escola Maria Peregrina, desde seu início, dedicou-se ao envolvimento e integração dos pais dos alunos no contexto escolar. Estes se tornaram parceiros da escola e co-responsáveis pelo desenvolvimento integral de seus filhos. Os pais participavam de reuniões de formação psicopedagógica e sobre os valores da família, além de acompanhamento psicológico.

A pedagogia implantada e a participação ativa dos pais dos alunos nas atividades da escola renderam frutos visíveis no seio familiar e no ambiente social no qual viviam. O reconhecimento desse trabalho, levou o então Bispo de São José do Rio Preto/SP, Dom Orani João Tempesta, a aprovar em 2003 a criação de uma Casa de Missionários das Missões Maria Peregrina na cidade de São José do Rio Preto-SP. Em 2006, em comunhão com o bispo, foi implantada a Escola Maria Peregrina em São José do Rio Preto, que contava inicialmente com apenas 24 crianças que participavam em período integral da educação infantil. O fato é que a Escola Maria Peregrina, além de ser completamente diferente de toda escola, se tornou o ponto referencial do carisma Maria Peregrina, além de ser hoje um modelo de escola para grandes educadores e pesquisadores na área.